domingo, 3 de agosto de 2014

Queima perfeita

A manutenção preventiva das velas de ignição é primordial para o bom funcionamento do motor, além de contribuir para a redução de poluentes na atmosfera e para a economia de combustível
Carolina Vilanova

Motor falhando, perda de potência, dificuldades ao dar a partida, consumo alto de combustível e excesso de fumaça são alguns dos sintomas que apontam a hora de substituir o conjunto de velas de ignição de um veículo. A manutenção preventiva com revisão periódica dos componentes é o mais indicado para evitar que o carro seja sofra com avarias, já que o preço das peças é acessível e o serviço tem fácil aplicação.
"A função de uma vela de ignição é introduzir a energia de ignição na câmara de combustão e, através da faísca elétrica gerada entre os eletrodos, iniciar a queima da mistura ar/combustível. As velas são responsáveis também por dissipar o calor excedente da câmara de combustão para mantê-la em uma faixa ideal de trabalho, entre 400ºC e 900ºC. Além disso, velas permitem uma partida segura a frio e o bom funcionamento do motor durante a aceleração e em sua plena potência", explica Delfim Calixto, gerente de Marketing de Produtos da Bosch.
De acordo com Calixto, a vida útil das velas é estabelecida na concepção do motor junto às montadoras e sua durabilidade pode variar, de acordo com o veículo, de 15 mil km a 100 mil km rodados.
Existem vários fatores que podem influenciar essa durabilidade e comprometer a eficiência das velas, como filtros de ar e combustível sujos, motor funcionando em baixa rotação por tempo prolongado, ponto de ignição atrasado ou adiantado, cabos de ignição desgastados ou com fugas de corrente, válvulas injetoras defeituosas, e, principalmente, a utilização de combustível de má qualidade, que gera carbonização dos eletrodos, falha de ignição, consumo excessivo, aumento de emissão de poluentes etc.
Por isso, antes de trocar as velas ou mesmo no momento da substituição, verifique também o estado de uso desses componentes, para que assim, todo o conjunto funcione perfeitamente e tenha a durabilidade garantida.
Substituição

A recomendação é que as velas de ignição sejam avaliadas a cada revisão do motor e que sejam trocadas de acordo com as determinações do manual do fabricante do veículo. Na checagem das velas, o reparador deve utilizar um calibrador para se certificar de que a folga entre os eletrodos está dentro das especificações de fábrica.
O técnico precisa avaliar ainda o desgaste excessivo e o arredondamento nos eletrodos, além dos sintomas de falhas e excesso de consumo e de emissões de poluentes do motor. Velas instaladas incorretamente podem causar danos sérios ao motor, como por exemplo, uma vela com comprimento de rosca maior do que o especificado corre o risco de encostar no pistão, assim como o aperto excessivo ou encaixe imperfeito, que além de quebrar a vela, danifica a rosca do cabeçote.
Quando há a necessidade de substituir essas peças, é essencial que todo o conjunto seja trocado - existe uma vela para cada cilindro - e lembrar de inspecionar também os cabos acoplados. Existe no mercado uma ampla linha de velas de ignição, com muitas variações para diversos tipos de aplicações, que apresentam tecnologia de ponta para proporcionar partidas e respostas do motor mais rápidas e seguras, além de reduzir o consumo de combustível e a emissão de poluentes.
Cada motor tem um jogo de velas específico, por isso é necessário atenção na hora da compra e aplicação do produto. Os motores a álcool e Flex Fuel, por exemplo, exigem a utilização de velas geralmente "mais frias", projetadas especialmente para trabalhar em contato com o álcool, combustível mais corrosivo que a gasolina, cuja queima resulta em maior calor na câmara de combustão. Já os motores a gasolina são equipados com as velas geralmente "mais quentes". Os motoristas de veículos movidos a gás natural também devem buscar velas para esse determinado combustível.
O funcionamento ideal do motor depende ainda da manutenção dos sistemas de injeção, troca de filtros, verificação do estado das válvulas injetoras, da bomba de combustível, dos cabos e da bobina de ignição.
Todos esses componentes funcionando em bom estado contribui para que o motor, além ter bom rendimento, seja econômico e não polua o meio ambiente.

Veja alguns defeitos que as velas podem apresentar e as principais causas:
1 - Normal - O pé do isolador apresenta-se amarelo-cinza ou marrom claro. Motor em boas condições - índice térmico da vela correto.

2 - Fuliginosa (carbonização seca) - O pé do isolador, os eletrodos e a cabeça da vela ficam cobertos por uma camada fosca de fuligem preto-aveludada seca. A principal causa é a mistura rica de ar/combustível.

3 - Resíduos leves de chumbo - Resíduo amarelo-escuro no isolador. O pé do isolador coberto com uma fuligem amarelo-clara de aspecto fosco e brilhante. Causado por aditivos antidetonantes no combustível.

4 - Resíduos ou impurezas - Camada cinza grossa no pé do isolador, na camada de aspiração e no eletrodo-massa, de estrutura fofa e cheia de escórias. As causas são aditivos do óleo e do combustível que deixam resíduos na câmara de combustão e na própria vela.

5 - Superaquecimento - Eletrodo central fundido parcialmente. Combustão por incandescência causada por temperaturas extremamente elevadas na câmara de combustão em decorrência de uso de vela muito quente

6 - Eletrodos central e massa fundidos - Combustão por incandescência causada por temperaturas extremamente elevadas na câmara de combustão em decorrência, por exemplo, de uso de vela muito quente.

7 - Desgaste excessivo do eletrodo central (erosão) - acontece quando passa do tempo de fazer a revisão recomendada para a troca.

8 - Desgaste excessivo dos eletrodos massa e central (corrosão) - causados por presença de aditivos corrosivos no combustível e óleo lubrificante.

9 - Pé do isolador trincado - causado por pressão no eletrodo central como conseqüência do uso de ferramentas inadequadas na regulagem da folga.

10 - Mancha corona - Surgimento de uma mancha escura no isolador cerâmico da vela de ignição. É causado por aderência de pequenas impurezas à região do isolador junto à carcaça, formada por conta de um campo elétrico próximo à extremidade de um condutor sobrecarregado.

Muitos desses defeitos são causados por combustível de má qualidade ou não especificado para o tipo de motor, válvulas com defeito, mistura pobre ou rica demais etc. A troca das velas é essencial nessas situações, além da análise para saber se o dano não foi maior do que parece.

De volta ao carburador

Acompanhe o procedimento de desmontagem e o ajuste do ponto de bomba do motor Cummins Euromec III, que apesar de não ser eletrônico atende às normas de emissões da Euro III
Carolina Vilanova

Quem não se lembra do bom e velho carburador? Principal componente do sistema de alimentação de um veículo e com funcionamento totalmente mecânico, o carburador tinha a função de misturar o combustível que vem do tanque com ar aspirado pelo coletor de admissão e enviar essa mistura para o motor na medida adequada às condições do motor para que seu desempenho e consumo sejam perfeitos.
O funcionamento de um carburador acontece por meio do ar aspirado pelo pistão, que passa em alta velocidade pelo difusor e aspira combustível que vem da cuba. A borboleta de aceleração está ligada ao pedal do acelerador, é o componente que dosa a quantidade de mistura (ar/combustível) que o motor precisa.
Essa mistura deve ter a proporção adequada para que o motor tenha boa performance e consumo normal de combustível. As misturas são classificadas em limite pobre, mistura econômica, mistura de potência máxima e limite rico; e influem diretamente no comportamento do propulsor.
O instrutor do SENAI-Ipiranga, Reinaldo da Silva, explica que, assim como outros sistemas do veículo, o carburador foi obrigado a evoluir para acompanhar os avanços da indústria automotiva e obedecer às exigências de redução de emissão de poluentes na atmosfera. "Foi então que surgiram os carburadores do tipo duplo estágio e eletrônico, até que a injeção eletrônica foi incorporada nos veículos".
No interior do carburador
O instrutor explica que existem diversos modelos de carburadores, que variam em função da potência e do tipo de aplicação na qual é utilizado. "O carburador simples tem a alimentação do combustível feita nos quatro cilindros; o de estágio duplo é mais avançado tecnologicamente e alimenta dois cilindros por vez; e o de estágio duplo progressivo, na qual um funciona quando o carro está em baixa rotação e o outro quando o motor está em alto giro", completa.
A carburação é um processo que começa no carburador e termina na câmara de combustão, além disso sofre influencia de diversos fatores e componentes, como pressão atmosférica, filtro de ar, coletor de admissão, comando de válvulas, válvulas, ignição, estado de conservação do motor, sistema de arrefecimento, combustível etc.
Dentro do carburador trabalham seis sistemas, são eles:

o sistema de alimentação: controla a entrada de combustível na cuba através da bóia e da válvula estilete

o sistema de marcha lenta: mantém o motor em funcionamento em baixa rotação

o sistema principal: mantém a alimentação da marcha lenta até a alta rotação

o sistema de aceleração rápida: quando é necessário o aumento de rotação rapidamente

o sistema suplementar ou de potência: mantém o motor na aceleração máxima

o sistema de partida a frio: que atua para facilitar o funcionamento do motor de manhã ou com temperatura menor de 18ºC.
Desmontagem
A manutenção periódica do carburador deve ser realizada a cada 30 mil km e consiste em uma revisão com desmontagem e limpeza de todos os componentes, além da regulagem ao término da manutenção. Além disso, as trocas de óleo e filtro fazem parte da manutenção do carburador. As ferramentas utilizadas para a desmontagem do carburador são simples, como chave de boca e chaves de fenda, etc.
O carburador utilizado nessa matéria é o H30 Pic, que equipa o VW Fusca, a Brasília e a Kombi, um modelo do tipo "corpo simples", desenvolvido para equipar os motores arrefecidos a ar. É importante prestar atenção na chapa de identificação da peça, onde é demonstrado o número do carburador, o modelo do carro que equipa e as especificações das peças para substituição.
Os principais sintomas de que o carburador precisa de manutenção são: falha de desempenho, consumo alto, não dá regulagem de marcha lenta falha na aceleração rápida etc.
1) Remova o carburador soltando os parafusos e desconectando o cabo do afogador e as mangueiras. Depois, apoie a peça firmemente numa morsa e comece o processo de desmontagem, retirando a mola de retorno do acelerador.
2) Em seguida, retire o gargulante, ou gicleur, e desmonte-o para retirar a agulha magnética (2a).
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3) Remova a tampa do carburador e com cuidado retire a haste que liga a borboleta de aceleração.
4) Na tampa, com uma chave de boca, desaperte e retire a válvula estilete, também chamada de válvula da bóia.
5) O próximo passo é desencaixar, com cuidado, a bóia de gasolina do carburador, um dispositivo localizado dentro da cuba para medir o nível de gasolina.
6) Desaperte a manga misturadora, responsável por medir a quantidade de ar e combustível do sistema marcha lenta e principal, entre outros.
7) Em seguida, retire a tampa da bomba de aceleração para ter acesso ao diafragma e à mola de retorno.
8) Remova a agulha de regulagem da mistura da marcha lenta. Na hora de regular esse componente, tome cuidado para não apertar demais, pois pode provocar danos na agulha. A pré regulagem tem que voltar de 2 a 3 voltas.
9) Desaperte o porta-gliceur e retire o principal, que controla a dosagem do combustível para a mistura correta, e depois, com cuidado, retire-o do alojamento. (9A) Não esqueça de trocar as juntas na hora da montagem.

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10) Retire agora o gargulante de aceleração rápida, responsável por controlara a quantidade de combustível injetada.

Outros componentes do carburador:
1) A borboleta de aceleração e a borboleta do afogador não precisam ser desmontados, mas devem ser inspecionados atentamente
2) Já a borboleta do afogador funciona logo após a partida a frio enriquecendo a mistura.
3) O difusor, que nesse caso é fundido na carcaça, tem a função de acelerar a velocidade do ar.
Limpeza e aferições
Antes de montar o carburador, as peças devem estar todas limpas e inspecionadas quanto a trincas, empenamentos e folgas, além disso os gangulantes devem estar de acordo com as especificações do fabricante.
As regulagens feitas no veículo são marcha lenta, curso do pedal do acelerado e curso da borboleta do afogador. Na bancada são medidos volume de injeção, nível constante de combustível na cuba, abertura positiva com afogador, alvo de jato, entre outros. O técnico não pode esquecer ao final do trabalho de verificar se a regulagem atende o programa de emissão de poluentes.
1) Verifique a planicidade da base do carburador com um paquímetro.
2) Agora, meça a planicidade da tampa da bomba do acelerador e o seu apoio no carburador. Em seguida, veja a tampa do carburador. (2A)
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Montagem e regulagens
Em primeiro lugar, verifique a tabela do fabricante para conferir os componentes, as medidas e a "giclagem" do carburador.
1) Para saber se a bóia está ou não encharcada é necessário medir seu peso, utilize uma balança de precisão e compare o resultado com a especificação do fabricante.

Acima, gliceur da marcha lenta: calibra o ar e a gasolina; manga misturadora/corretor de ar ; e gicleur principal 
2) Faça agora o teste da válvula estilete: coloque 400 mm/Hg de depressão na bomba de vácuo e cheque o ponteiro, que não pode se movimentar por mais ou menos 30s.
3) Com o auxílio do manômetro aplique a pressão especificada pelo fabricante na linha de combustível.
4) Em seguida, retire a tampa do carburador e meça, com o paquímetro, a altura entre o corpo do carburador e o combustível sem retirar a bóia. Caso esteja incorreto, altere o valor da arruela da válvula estilete até o especificado. Essa altura deve ser de 19 + ou - 1 mm, incluindo a altura da junta. Se tiver menos combustível é necessário alterar o valor da arruela (de 0,5 mm até 2 mm).
Verifique agora o volume de combustível injetado, abrindo a borboleta de aceleração até o final e esperando terminar a injeção do combustível, que será depositado num becker graduado. O resultado deve ser de 1,45 ml + ou - 0,2 por cada ciclo, se multiplicado por dez o valor será o seguinte: 14,5 ml + ou - 2 ou cm3.
5) Para alterar o resultado, coloca-se mais ou menos arruelas de regulagem na haste da bomba de aceleração. Volume acima, remove arruelas, volume abaixo, adicione arruelas.
6) Faça agora o teste de abertura positiva com afogador, com a ajuda do cálibre de arame. A abertura positiva tem que ser 0,8 + 0,2 mm
7) Com o carburador já montado no veículo, regule a marcha lenta da seguinte forma: primeiro ligue o motor até que atinja a temperatura de trabalho e verifique a rotação do motor.
8) Continue o processo, acertando a regulagem da mistura ar/combustível da marcha lenta (8A).
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9) Não esqueça de fazer o controle da emissão de poluentes.

Melhores itens de motor, na opinião dos mecânicos


Na terceira matéria da série, mostramos as marcas de componentes de motor mais usadas e preferidas dos mecânicos, de acordo com a pesquisa elaborada pelo Instituto OPINION & EVOLUTION

O motor é o coração do veículo e para mantê-lo saudável é preciso de uma boa manutenção, assim como acontece com o ser humano. Todos os componentes trabalham em conjunto, ou seja, se o problema em uma das peças não for resolvido no prazo determinado, pode colocar em risco todo seu funcionamento, influir em consumo de combustível, no desempenho e na emissão de poluentes, uma questão muito importante nos dias de hoje.
Por isso, utilizar peças de boa qualidade é tão importante na hora da revisão ou de um reparo. Componentes com a durabilidade comprometida podem causar uma baita dor de cabeça para você e para o seu cliente. E levando em consideração a quantidade de marcas existentes no mercado de reposição, ficar atento é imprescindível. Mecânico esperto sabe muito bem do que estamos falando e tem hábito de utilizar peças de boa qualidade, que ele sabe muito bem quais são.
Algumas dicas são procurar sempre por peças originais e de fabricantes renomados, que oferecem assistência técnica, garantia e suporte em geral. É importante ficar atento para a obrigatoriedade da certificação do Inmetro, que já é realidade para alguns componentes.
A comprovação desse fato é o resultado da pesquisa realizada pela OPINION & EVOLUTION Pesquisas de Mídia e Mercado, contratada pela Revista O Mecânico, na qual os mecânicos elegeram as marcas preferidas e as mais utilizadas na oficina entre os principais componentes de motor: bombas d'água e de óleo, correias sincronizadora e de acessórios, tensor de polias, juntas de motor e óleo lubrificante.
As entrevistas presenciais foram realizadas durante a Expomecânico 2011, entre os dias 17 e 18 de setembro, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo/SP. Com relação à metodologia, o instituto adotou a quantitativa, ou seja, feita por meio de entrevistas individuais, dentro de uma amostra de 280 mecânicos. Foram utilizadas respostas únicas, ou seja, questões que exigem uma única resposta; e respostas múltiplas para questões que admitem mais de uma resposta.
Assim, a pesquisa revelou os hábitos dos profissionais, os índices de "Top of Mind", conhecimento espontâneo e marcas mais usadas pelas oficinas entre mais de 30 categorias de produtos da reposição automotiva. Nesta matéria, a terceira da série, vamos saber quais foram as marcas eleitas quando o assunto é componentes de motor.
Como objetivo, a pesquisa conseguiu obter informações atualizadas dos profissionais da reparação, com ênfase nos mecânicos, que são os aplicadores dos produtos. De acordo com José Iolando Mallegni Filho, diretor de projetos de mídia do instituto, pesquisas presenciais permitem uma identificação em que o entrevistado se apresenta como ele é, ou seja, suas declarações são mais objetivas e ele se sente mais a vontade para dar a sua verdadeira opinião, oferecendo elogios e críticas construtivas.
"No senso comum, quando questionamos se uma pesquisa é confiável, estamos querendo saber se ela não é viesada, comprometida com outros interesses ou mesmo desonesta. O que garante o alto padrão de confiabilidade é a ética adotada pelo Instituto que planeja e executa a pesquisa. Os Institutos profissionais aplicam uma série de controles de qualidade, que evitam, por exemplos, os erros não intencionais e até mesmo fraudes", complementa.
Vamos conhecer os componentes de motor eleitos pelos mecânicos:

Bomba d'água 

O componente serve para circular o líquido de arrefecimento por dentro das galerias internas do motor e do radiador, permitindo a troca de calor entre o conjunto e o meio ambiente. Seu acionamento é feito por meio da correia de acessórios, correia dentada ou engrenagens, e sempre que é realizado algum tipo de reparo na bomba, todo o sistema deve ser inspecionado.
Em geral, o mecânico não encontra grandes dificuldades para adquirir uma bomba d'água, mais um motivo para ficar bastante atento. Apenas modelos muito antigos ou alguns importados justificam uma busca mais apurada. Vale lembrar que a peça, dependendo do modelo, vem com a junta apropriada, que faz parte do kit de reparo.
A aplicação exige cuidado, pois em alguns veículos a bomba está instalada em locais de difícil acesso, onde falta espaço para trabalhar. Não se esqueça de utilizar as ferramentas especiais para a troca, evitando a quebra do componente na aplicação.
Para entregar um serviço bem feito, se informe previamente quanto ao posicionamento do componente, sincronismo da correia dentada, torques de aperto dos parafusos, seleção e aplicação de aditivo e sangria do sistema de arrefecimento.
Fique longe das peças de qualidade duvidosa, pois comprometem a durabilidade e a eficiência do componente, podendo causar vazamento ou superaquecimento. Faça os procedimentos recomendados pelo fabricante, pois a má aplicação provoca vazamentos, superaquecimento do motor, corrosão por falta de aditivo ou aditivo de má qualidade, atropelo de válvulas por erro de sincronismo, baixa durabilidade de componente, etc.

Bomba de óleo

Sua função é circular e pressurizar o lubrificante por dentro das galerias internas do motor, garantindo sua lubrificação. Na hora do reparo, é fundamental utilizar peças de boa procedência: originais ou de fabricantes renomados. Peças mais difíceis de adquirir são as de modelos muito antigos ou de alguns importados. Não é recomendado o uso de bombas recondicionadas.
Peças de má qualidade provocam baixa durabilidade e ineficiência do componente, o que pode provocar danos sérios como o travamento do motor. Uma aplicação incorreta por parte do técnico pode provocar vazamento e travamento do motor (caso mais grave). Se for utilizado filtro de óleo excessivamente restrito, pode haver desgaste precoce.
O acesso em alguns veículos pode ser um pouco complicado por conta da falta de espaço, por isso, se faz necessário o uso de ferramentas especiais. É preciso que o técnico faça a verificação prévia do estado do componente (medir a pressão antes de começar a desmontar). Antes de começar a fazer o serviço, faça sua lição de casa: busque informações sobre posicionamento do componente, torques de aperto dos parafusos, utilização ou não de adesivos nas juntas, sincronismo de correia dentada, etc.
Uma dica importante é retirar a bomba da embalagem somente no momento da instalação, evitando assim que entre impurezas ou qualquer outro tipo de material no seu interior. Faça também uma boa limpeza em todo o sistema de lubrificação, começando pelo cárter, passando pelo pescador, respiro e na face do bloco e cavidade onde a bomba é instalada. 

Óleo lubrificante

É responsável por reduzir o atrito entre peças que fazem contato entre si dentro do motor, proporcionando redução de desgaste, resfriamento, limpeza e proteção de todo o conjunto.
O óleo deve ser utilizado na especificação correta do fabricante e ser trocado no prazo determinado pelo manual do proprietário. Isso vai garantir um bom funcionamento de todas as peças internas do motor. São raros os casos de dificuldade para encontrar um tipo determinado de lubrificante, apenas em veículos importados com características muito específicas.
A aplicação, em geral, não é difícil, porém, deve ser feita por profissionais qualificados. O acesso em alguns modelos pode ser mais complicado por falta de espaço e de posição. São importantes algumas recomendações: como fazer o armazenamento correto do produto e a seleção do lubrificante correto ao compartimento (especificações). Efetue uma limpeza prévia do local de enchimento e tenha em mãos as informações técnicas necessárias, ou seja, se precisa de substituição de vedadores e torques de aperto dos bujões, etc.
A utilização de um óleo lubrificante de má qualidade ou contaminado pode provocar sérios danos às partes internas do motor. Uma aplicação incorreta pode trazer dor de cabeça ao proprietário, com vazamentos e contaminação do lubrificante. O produto incorreto pode levar ao desgaste prematuro, ou mesmo, à destruição do motor.
Outro detalhe importante tem a ver com o descarte do óleo usado, que deve ser feito de maneira ecologicamente correta. 

Correia sincronizadora

Correia sincronizadora ou dentada, como é conhecida, tem a função de sincronizar o movimento das válvulas com a posição dos pistões. Por vezes, movimenta a bomba d'água e a bomba de óleo.
Pode ser difícil encontrar correias para alguns modelos muito específicos de carros importados, por isso, tenha sempre mais de um fornecedor e esteja atento aos distribuidores. O acesso na hora de instalar uma correia pode ser um pouco difícil, pois está posicionada do lado do motor, onde falta espaço para se trabalhar.
O uso de ferramentas especiais, como a trava de comando e do virabrequim e o relógio comparador, quando recomendado pelo fabricante, é essencial. É importante armazenar o produto em local e de forma adequadas e somente manuseá-lo na hora da instalação. Faça uma verificação prévia do estado dos componentes e tenha informações como posicionamento do componente, torques de aperto dos parafusos, e sincronismo das polias, sempre em mãos.
Adquira apenas marcas de renome, pois uma peça de qualidade inferior vai comprometer a durabilidade e pode acarretar em quebra e atropelamento das válvulas. Fazer a aplicação de forma incorreta pode provocar as mesmas avarias, por isso, faça o serviço de acordo com os procedimentos indicados pelo fabricante, no prazo determinado.
Correia sincronizadora.jpg

Correia de acessórios

A função da correia de acessórios é movimentar dispositivos ligados ao motor, como o alternador e a bomba d'água, compressor do ar condicionado, direção hidráulica e compressor de ar (caminhões e ônibus). Algumas correias são projetadas para movimentar todos esses itens, mas alguns veículos equipados com itens de conforto podem ter correias de acessórios adicionais.
Em geral, é fácil encontrar a peça para modelos nacionais e até mesmo os importados, mas fique atento e adquira somente marcas de boa qualidade. A instalação pode ser mais complicada em alguns modelos por causa da falta de espaço, por isso, a necessidade de usar ferramentas especiais.
Faça o armazenamento correto do componente e a verificação prévia do seu estado. Além disso, abra a embalagem somente na hora de usar. Procure antecipadamente por informações técnicas, como posicionamento do componente e torques de aperto dos parafusos.
Peças de má qualidade frequentemente têm baixa durabilidade e podem causar quebra. A aplicação incorreta pode causar a parada do veículo e influenciar a quebra de outros componentes, como travamento dos rolamentos tensionador e de apoio, destruição precoce de rolamentos de bomba d'água e empenamento de rotores de alternadores. Não existem correias recondicionadas.

Tensor e Polias

Os tensionadores de correia têm como responsabilidade aplicar carga/pressão constantes nas correias, evitando que se soltem do sistema de polias. Também compensam eventuais folgas ou tensões excessivas que possam prejudicar o sincronismo do motor e o funcionamento dos acessórios do veículo.
As peças de qualidade comprovada utilizam ligas metálicas de alto desempenho e matérias primas específicas para atender as condições de uso de cada aplicação. Em geral, não há dificuldades para encontrar peças para reposição, exceto em alguns modelos importados.
Marcas renomadas e originais devem ser a primeira opção do mecânico, Afinal, são produtos testados em relação à durabilidade, eficiência, corrosão, ressonância e fadiga. Na troca da peça, deve-se seguir os procedimentos do fabricante, com o uso das ferramentas adequadas. O acesso ao local de trabalho pode ser difícil em alguns veículos. Tenha em mãos informações técnicas sobre posicionamento do componente, torques de aperto dos parafusos e sincronismo das polias.
Fique de olho em produtos de qualidade duvidosa, que proporcionam baixa durabilidade e até mesmo a quebra da correia. Além disso, uma peça de qualidade inferior pode causar ruídos excessivos e desgaste prematuro da correia, podendo provocar sérios danos ao motor. Cuidados com os tensionadores importados de qualidade desconhecida que estão no nosso mercado.
Juntas de motor
Outro componente essencial para o bom funcionamento do motor, a junta tem a responsabilidade de proporcionar vedação entre superfícies unidas, suportando as pressões e temperaturas do conjunto, assegurando a estanqueidade entre componentes na condução de gases e fluídos. Existem diferentes tipos: metálicas, borracha, papel, compostas e cortiça. Os fabricantes do item estão sempre investindo em novas tecnologias para melhorar cada vez mais a sua eficiência.
Por ter de suportar altas temperaturas, pressões e contato com agentes agressivos, é muito importante que a junta seja de boa qualidade, original ou de fornecedores renomados no mercado de reposição. Vale lembrar que mesmo em boas condições, as juntas de cabeçote devem ser substituídas em todas as intervenções, pois podem ter perdido sua função de vedação. A aquisição pode ser mais difícil para alguns veículos antigos ou importados.
Na hora da instalação, o técnico deve ficar atento aos procedimentos de desmontagem, sobretudo do cabeçote do motor. Para montar, faça a preparação prévia das superfícies e saiba exatamente o posicionamento correto do componente e torques de aperto dos parafusos. Uma instalação mal feita pode causar vazamentos e a parada do veículo, além de quebrar parafusos, provocar empenamento de tampas e vazamentos.
Peças de má qualidade vão ter baixa durabilidade, correndo o risco de causar vazamentos. Além disso, podem acarretar em obstrução dos dutos de lubrificação, combustível e arrefecimento; vazamento de compressão dos cilindros e pressão inadequada de fluídos.